junho 16, 2025

Quando Vale a Pena Registrar um Contrato? Casos em Que o ‘Boca a Boca’ Não Protege Ninguém

No mundo ideal, um aperto de mão bastaria. Mas, na prática, confiar apenas na palavra pode trazer grandes dores de cabeça — especialmente quando o acordo envolve dinheiro, prazos, imóveis ou prestação de serviços. O famoso “boca a boca” pode parecer suficiente entre pessoas conhecidas, mas a ausência de um contrato escrito e formalizado pode deixar todos desprotegidos.

Aluguel: promessas verbais não garantem segurança

É comum o locador confiar no inquilino — e vice-versa — e dispensar o contrato. Mas, sem um documento, não há como exigir reajustes, prazos, garantias ou penalidades por atraso. Em caso de necessidade judicial, o locador pode ter dificuldade para comprovar o vínculo ou os valores combinados.

Empréstimos entre amigos: quando a confiança não paga a dívida

Emprestar dinheiro a um conhecido parece simples, mas é uma das maiores fontes de litígio. Sem contrato escrito, com valor, data de devolução e possíveis juros definidos, cobrar na justiça se torna um desafio. Muitas vezes, o devedor nega até que o empréstimo existiu.

Prestação de serviços: quem não documenta, fica vulnerável

A contratação de serviços, seja de um encanador ou de um designer, deve ser acompanhada de um contrato claro. Ele evita cobranças extras inesperadas, atrasos não justificados e entrega de resultados abaixo do esperado. Também resguarda o prestador, que pode estipular formas de pagamento e escopo do trabalho.

O que um contrato precisa ter?

Não é preciso linguagem complexa ou dezenas de páginas. Um contrato claro, com nomes, valores, prazos, obrigações de cada parte, condições de rescisão e, se possível, assinaturas com testemunhas ou firma reconhecida, já oferece uma boa proteção.

Conclusão

Registrar um contrato não significa desconfiança — é, na verdade, um ato de responsabilidade mútua. Ele evita mal-entendidos, protege direitos e facilita a solução de conflitos. No final, um papel assinado vale mais do que muitas palavras. Afinal, confiança é fundamental, mas segurança jurídica é essencial.

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